Os cinco países africanos que vão formar a força multinacional contra o grupo islamista nigeriano Boko Haram comprometeram-se, este sábado, a mobilizar 8700 homens, foi anunciado no final de uma reunião de peritos, em Yaounde.
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"Os representantes do Benim, dos Camarões, do Niger, da Nigéria e do Chade anunciaram que vão contribuir com meios humanos para a força a criar, que contará, assim, com um total de 8700 elementos, entre militares, policias e civis", refere um comunicado emitido no final do encontro.
O número anunciado antes da reunião era de 7500 homens.
De acordo com o mesmo comunicado, um grupo restrito vai trabalhar nos próximos dias nos detalhes necessários para definir o contributo de cada país e elaborar o orçamento inicial para o funcionamento da força que irá combater o grupo islamista.
O conceito de operação da força será de seguida transmitido ao Conselho de paz e de segurança da União Africana, que o deverá aprovar a transmitir ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Os peritos elaboraram ainda documentos que definem os contornos da força africana a criar e das suas missões, que terão como objetivo criar condições de segurança nas regiões afetadas pelas atividades de Boko Haram e por outros grupos terroristas.
Ficou decidido que o quartel geral desta força ficará em N'Djamena e que será criado um comando militar central, assim como um mecanismo conjunto de coordenação das operações que serão desenvolvidas pelas tropas.
O Chade já disponibilizou tropas para duas frentes de combate ao Boko Haram: uma na fronteira entre os Camarões e a Nigéria, onde foi tomada a cidade de Gamboru pelos islamistas, e outra no Niger.