Com a Finlândia a assumir que pretende "pedir imediatamente" adesão à NATO, as ameaças do Kremlin não tardaram. Além de prometer cortar-lhe o fornecimento de gás já esta sexta-feira, Moscovo deixou ainda outro aviso ao Ocidente. A ajuda militar à Ucrânia e os exercícios da Aliança Atlântica perto das fronteiras russas aumentam a possibilidade de um conflito direto, avisou o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev.
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- As forças ucranianas terão obrigado os russos a recuar no cerco a Kharkiv. A segunda maior cidade da Ucrânia está a ser bombardeada há cerca de 70 dias, mas, segundo a BBC, nas últimas horas, ficou fora do alcance das forças de Moscovo.
- A Finlândia manifestou, esta quinta-feira, a intenção de "pedir imediatamente a adesão à NATO". "Esperamos que sejam tomados, a nível nacional, os passos necessários para esta decisão nos próximos dias", escreveram, num comunicado conjunto, o presidente e a primeira-ministra finlandeses, remetendo para uma decisão que deve ser oficialmente anunciada no domingo, em Helsínquia. Entretanto, os meios de comunicação social suecos avançaram que a Suécia também poderá pedir adesão em breve.
- O porta-voz do Kremlim, Dmitry Peskov, não tardou a reagir a uma eventual expansão da Aliança Atlântica, defendendo que a adesão da Finlândia será, "definitivamente", uma ameaça para a Rússia.
- Um ataque aéreo russo na cidade de Novgorod-Siversky, no nordeste da Ucrânia, matou pelo menos três pessoas e feriu outras 12, durante a última madrugada.
- A Rússia alertou hoje que a ajuda militar ocidental à Ucrânia e os exercícios da NATO perto das suas fronteiras aumentam a probabilidade de um conflito direto e o risco de uma guerra nuclear total. O aviso foi feito pelo vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev.
- A Ucrânia e os seus aliados denunciaram à ONU uma "lista interminável" de abusos cometidos pela Rússia desde o início da invasão, a 24 de fevereiro, durante uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos.
- O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou não acreditar numa normalização das relações com Vladimir Putin após a invasão da Ucrânia. "O arrependimento será muito difícil para Putin. Agora, nada é impossível, suponho. Mas eu simplesmente não consigo ver como podemos normalizar as relações com Putin", defendeu.
- As autoridades ucranianas estão a investigar imagens captadas em várias câmaras de vigilância nas quais é possível ver cinco soldados russos a dispararem contra dois civis desarmados, nos arredores de Kiev. As filmagens, obtidas pela BBC, poderão ser utilizadas para provar mais um alegado crime de guerra cometido pelas tropas de Moscovo.
- A Rússia poderá cortar o fornecimento de gás à Finlândia já esta sexta-feira, um dia depois de os líderes finlandeses terem dito que deverão pedir para aderir à NATO "sem demora", avançam os meios de comunicação locais.
- O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) aprovou a abertura de uma investigação a graves violações dos direitos humanos atribuídas às tropas de ocupação russas na Ucrânia, reforçando o isolamento da Rússia na Organização.
- A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que estão em andamento "negociações muito difíceis" sobre a retirada de combatentes gravemente feridos da siderúrgica Azovstal, em Mariupol.
- O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, durante uma entrevista televisiva que será transmitida esta noite em Itália, que está disponível para conversar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, "mas sem ultimatos".
- Fátima vai oferecer uma imagem de Nossa Senhora à Ucrânia. A bênção da imagem será feita esta sexta-feira, no final das celebrações do 13 de maio.