O novo presidente do Brasil é casado pela terceira vez e tem cinco filhos: quatro homens e uma menina de oito anos. A nova primeira-dama ficou nos bastidores quase até ao fim da campanha. Já os três filhos mais velhos, todos políticos, estiveram sempre na linha da frente do combate eleitoral ao lado do pai.
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Michelle e Jair conheceram-se em 2007 na Câmara dos Deputados. A diferença de idades (27 anos) não impediu um amor quase à primeira vista. Ela tornou-se secretária parlamentar dele e, segundo a "Folha de S. Paulo", nove dias depois de ser contratada já assinava um acordo pré-nupcial. Dois meses depois casavam-se pelo civil. Porém, no ano seguinte, teve de ser exonerada, antecipando-se a uma lei contra o nepotismo.
Filha de um motorista de autocarro de Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, Michelle é evangélica convicta e tem uma filha com 16 anos, fruto de uma relação anterior. Diz quem a conhece que a nova primeira-dama assumirá na perfeição a parte solidária do cargo. "É um chamado que eu tenho", afirmou numa das raras entrevistas que deu, prometendo apoiar todos os trabalhos sociais possíveis.
Michelle é discreta - antes da campanha apagou as contas das redes sociais - e prefere agir nos bastidores. Graças a um tio surdo, aprendeu linguagem gestual e hoje é intérprete no Ministério dos Surdos e Mudos da Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca, culto que adotou depois de deixar a Assembleia de Deus de Vitória, onde casou religiosamente com Jair, em 2013, já depois de dar à luz a filha de ambos.
Os filhos e a polémica
A pedido de Michelle, Bolsonaro reverteu a vasectomia e nasceu Laura, hoje com oito anos. "Tenho cinco filhos. Foram quatro homens, à quinta eu dei um fraquejado e veio uma menina", contou, polémico.
A polémica está também associada aos três filhos mais velhos, todos do primeiro casamento e todos políticos que partilham os seus ideias, cada um no seu órgão: senador, deputado federal e vereador.
A primeira mulher, Rogéria, também esteve na política e, diz Bolsonaro, foi isso que gerou o divórcio pois terá quebrado o acordo assumido e não seguiu o sentido de voto que ele lhe ditava. "Ela era dona de casa. Eu a elegi. Ela tinha que seguir as minhas ideias. Acho que sempre fui muito paciente e ela não soube respeitar o poder e a liberdade que lhe dei".