
Homenagens à militar morta em ataque a tiro em Washington, ocorrido a 25 de novembro.
Foto: Will Oliver / EPA
O homem acusado de atingir a tiro dois membros da Guarda Nacional em Washington declarou-se esta terça-feira inocente das acusações de homicídio e agressão, durante a sua primeira audiência judicial, realizada a partir da cama do hospital.
Rahmanullah Lakanwal, um afegão de 29 anos, enfrenta uma acusação de homicídio em primeiro grau pela morte de Sarah Beckstrom, de 20 anos, uma dos dois agentes que terá baleado na quarta-feira, perto da Casa Branca. O outro guarda, Andrew Wolfe, de 24 anos, que estava em patrulha, continua em estado grave.
O acusado, que está hospitalizado depois de ter sido ferido por agentes federais durante o tiroteio, declarou-se inocente de todas as acusações. Além de homicídio, está acusado de tentativa de homicídio, posse de arma de fogo e posse de arma de fogo durante um ato violento.
As autoridades ainda estão a investigar o possível motivo do crime, embora a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, tenha indicado que a acusação poderá acusá-lo de crimes relacionados com terrorismo e pedir a pena de morte.
A juíza Renee Raymond, do distrito de Columbia, ordenou que o acusado permaneça sob custódia sem direito a fiança até ao julgamento. Durante a audiência virtual, apareceu coberto por um cobertor, exceto pela cabeça, e com os olhos fechados enquanto se contorcia de dor.
Rahmanullah Lakanwal trabalhava para uma unidade militar apoiada pela CIA no Afeganistão e, em 2021, quando as tropas norte-americanas se retiraram do país e os talibãs assumiram o poder, foi retirado para os Estados Unidos juntamente com milhares de outros afegãos.
Após este ataque, a administração Trump congelou todos os pedidos de asilo de qualquer nacionalidade e está a considerar alargar a lista de países com restrições de viagem para os Estados Unidos.
