O chefe da al-Qaeda no Magrebe Islâmico garante ter negociado com Paris a libertação do refém francês Michel Germaneau antes da operação militar frustrada que levou à sua execução.
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"Vergonha da França e do Presidente, que lançou a operação quando havia negociações em curso", afirmou Abdelmalek Drudkal numa mensagem divulgada hoje, domingo, em sites islâmicos e que a televisão al-Jazira transmitiu alguns excertos a 25 de Julho.
As autoridades francesas afirmaram antes que nunca houve negociações para a libertação do refém. Ainda a 26 de Julho, o ministro da Defesa, Hervé Morin, afirmou que Paris não conseguiu chegar "à mais pequena discussão" com os sequestradores de Germaneau.
"Nunca tivemos reivindicações precisas. Eles até recusaram qualquer discussão que permitisse encaminhar os medicamentos de que Michel Germaneau precisava por problemas cardíacos", acrescentou o ministro francês.
Na mensagem, o líder da al-Qaeda no Magrebe Islâmico confirmou que seis dos seus homens foram mortos na operação lançada pelo exército mauritano no deserto do Mali.
Michel Germaneau, de 78 anos, foi sequestrado a 22 de Abril no Níger e depois levado para o Mali. O refém foi executado a 24 de Julho.
No dia seguinte ao anúncio da sua morte, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prometeu que esse "acto bárbaro" contra "uma pessoa que dedicava o seu tempo a ajudar as populações locais" não ficará impune.