Um dos maiores elefantes vistos nos últimos anos no Zimbabué foi morto por um caçador alemão que pagou mais de 52 mil euros pela "aventura".
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O maior elefante morto em África nos últimos 30 anos teria entre 40 e 60 anos e nunca tinha sido avistado no Parque Nacional de Gonarezho, no Zimbabué, noticia o jornal o "The Telegraph".
Foi morto no dia 8, numa caçada privada de um cidadão alemão que foi acompanhado por um guia local reconhecido entre a comunidade de caçadores pela sua experiência em encontrar os maiores elefantes.
O cidadão alemão, que não foi identificado pelos organizadores da caçada, pagou mais de 52 mil euros por 21 dias de caça, tendo na mira elefantes, leopardos, leões, búfalos e rinocerontes.
A morte do elefante foi celebrada com uma fotografia, na qual o guia e o caçador alemão surgem ao lado do animal numa pose de orgulho. E se a imagem recebeu elogios nos fóruns de caçadores em todo o mundo, despertou indignação entre defensores dos animais e operadores de safaris fotográficos.
Anthony Kaschula, um operador de safaris no Parque Nacional de Gonarezho, divulgou a fotografia no seu Facebook referindo que "animais como este são muito mais valiosos vivos (para caçadores e não caçadores) do que mortos".
"Elefantes como este deviam ser considerados como Património Nacional", defendeu. "Falhámos coletivamente pelo facto da legislação existente não garantir a segurança de animais tão magníficos".
Este caso surge cerca de três meses depois do abate a tiro do leão Cecil por parte de um dentista norte-americano no Parque Nacional de Hwange.