O norte-americano Alex Jones, fundador do site InfoWars e animador de rádio, foi condenado, nesta quarta-feira, por crime de difamação e foi obrigado a pagar 965 milhões de euros aos pais das vítimas do tiroteio na escola primária de Sandy Hook, em 2012, onde morreram 20 crianças e seis professores. A ação foi aberta por cinco familiares de crianças, três educadores e um agente do FBI.
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A sentença é o segundo julgamento a responsabilizar financeiramente o fundador do site. Durante vários anos, no seu programa de rádio, Alex Jones alegava que o que aconteceu em 2012 tinha sido "uma montagem" dos defensores do controlo de armas e que os pais eram os atores contratados.
Mais tarde, em tribunal, reconheceu que estava errado e que o caso tinha sido real.
Segundo o que ficou provado em audiência, devido às mentiras proferidas pelo animador de rádio, as famílias foram durante anos ameaçadas pessoalmente e na internet, arrecadou milhares de dólares com o aumento da visibilidade do programa.
De acordo com o jornal "The New York Times", o júri do segundo julgamento do caso considerou o negacionista culpado por difamação e obrigou-o a pagar uma indemnização. O valor vai ser dividido entre 14 familiares das vítimas e um agente do FBI, William Aldenberg, que foi alvo de perseguição por conspiracionistas.
Para além disso, Alex Jones voltará a ser julgado uma terceira vez, no final do ano, sobre as mentiras proferidas em relação às vítimas de Sandy Hook.
No primeiro julgamento do caso, em agosto, foi condenado a pagar mais de 50 milhões de dólares aos pais de outra criança.