Neta de um juiz nazi nomeado por Hitler, Weidel, de 45 anos, quer devolver o rumo à Alemanha, país que a candidata da AfD considera altamente prejudicado pela guerra na Ucrânia e pela falta de pulso contra a imigração.
Corpo do artigo
Alice Weidel está longe de ser a candidata expectável num partido de extrema-direita. Por isso mesmo é que foi escolhida pela Alternativa para a Alemanha (AfD) para a corrida às legislativas. De uma família rica, é uma política de contradições: uma nacionalista alemã que vive na Suíça, ex-banqueira de investimentos que critica as elites, lésbica assumida numa relação com uma mulher originária do Sri Lanka e com dois filhos adotivos. Tudo isto enquanto lidera um partido cujo conceito de família se resume a “pai, mãe e filhos”.
A marcar pontos pela diferença, Weidel tornou-se um “rosto respeitável” da AfD, frequentemente acusado de ter ligações aos neonazis, o que lhe permitiu projetar uma imagem mais limpa junto dos eleitores. De acordo com a revista “Der Spiegel”, quando “alguém diz que a Alternativa para a Alemanha é misógina, homofóbica ou racista, os quadros do partido respondem que têm Weidel e que, por isso, não é verdade”. Fim de argumento.