O campo de férias em Wintzenheim, no leste de França, que na quarta-feira ardeu provocando a morte de 11 pessoas, não cumpria as normas de segurança contra incêndios.
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"O alojamento não foi alvo de inspeção de segurança que é obrigatória" e "não dispunha das características necessárias para receber pessoas", declarou Nathalie Kielwasser, vice-procuradora de Colmar.
O centro de férias, um antigo celeiro recentemente remodelado, dispunha de detetores de fumo, "mas não em número suficiente para este tipo de estrutura", salientou a vice-procuradora, esta quinta-feira.
Enquanto os investigadores continuam o seu trabalho, "não podemos, no momento, verificar se havia ou não extintores de incêndio", acrescentou.
O fogo começou por volta das 6.30 horas locais (5.30 horas em Portugal continental) de quarta-feira, num centro de férias para pessoas com deficiências na cidade de Wintzenheim, na Alsácia, no departamento do Alto Reno.
O proprietário do centro, que alertou os bombeiros, está em estado de choque e não foi detido.
"Temos que correlacionar juridicamente o motivo do desastre e se existe algum vínculo com as normas de segurança. De momento, não tenho o resultado das investigações criminais", indicou Nathalie Kielwasser.
Na quarta-feira à tarde, a vice-procuradora já tinha confirmado a morte de 11 pessoas no incêndio. Entre as vítimas estão um supervisor e 10 adultos com deficiências cognitivas ligeiras.
A administração da região do Alto Reno declarou, num comunicado, que das 28 pessoas alojadas no local, 17 foram retiradas, incluindo uma que foi levada para um hospital num quadro de "urgência relativa".
Este incêndio é o mais mortífero registado em França nos últimos sete anos, depois de um incêndio num bar em Rouen em 2016, que causou 14 mortos.