Suzanne Salomon foi vizinha de Hillary Clinton durante três anos, quando ambas viviam na residência da Universidade de Wellesley. Passados 47 anos, já escolheu o vestido que vai usar quando, como espera, a amiga tomar posse.
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"Acho que vai ganhar a eleição. Vou estar no Javitz Center no dia da eleição, no grupo de família e amigos, e até já escolhi o vestido para o dia da posse em janeiro", disse Salomon, de 69 anos, em entrevista à agência Lusa.
A americana estudou na universidade de Wellesley, onde em 1969 Hillary Clinton se tornou a primeira estudante na história da universidade a fazer o discurso do dia de formatura.
"Estava lá, entre os que se levantaram e a aplaudiram. Fez um discurso tão poderoso, falando do mundo em que vivíamos, dando voz a tantas preocupações que nós tínhamos", lembrou Salomon.
A última vez que Salomon viu Hillary Clinton foi na Convenção Democrata, quando a amiga se tornou a primeira mulher candidata por um dos grandes partidos americanos.
"Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida", garantiu.
Salomon, que pertence a um grupo de amigas que Clinton mantém por perto e que convida sempre para participar nos grandes eventos da sua carreira, disse que a democrata "era uma aluna brilhante, trabalhadora e interessada."
"Foi sempre evidente que seria uma líder. Mas estávamos nos anos 60, era impensável que uma mulher pudesse chegar a presidente", lembra Salomon.
A consultora, na área do desenvolvimento, lembrou uma jovem "com compaixão e grande poder de empatia" que começou a universidade pertencendo a uma associação de jovens Republicanos, mas que "depois descobriu o seu interesse pelos direitos civis e tornou-se cada vez mais comprometida com o objetivo de justiça social."
"Nunca percebo quando as pessoas a descrevem como fria e distante. Ela é o oposto disso. É muito leal e preocupa-se, de facto, com as pessoas. Continua a ser uma amiga leal passados todos estes anos", esclareceu Suzanne na entrevista.
Salomon vive em Nova Iorque, mas desde o verão já fez dezenas de viagens até à Pensilvânia, um estado chave na eleição presidencial, para ajudar na campanha da Democrata.
"Nas primeiras semanas, estava a garantir que as pessoas se registavam para votar antes do período terminar. Agora, o objetivo é que votem no dia, porque a Pensilvânia não tem voto antecipado", explicou.
"A Hillary é minha amiga e é mulher, uma mulher de Wellesley, estudiosa, diligente, com consciência. Mas é também a candidata mais qualificada que alguma vez tivemos, e é só isso que interessa dizer", concluiu Suzanne.