Um estudo feito na Nova Zelândia a mil indivíduos concluiu que andar devagar aos 45 anos pode ser um sinal de que está a envelhecer demasiado depressa. O grupo em estudo foi acompanhado desde a infância por especialistas e realizou dezenas de testes ao longo de várias décadas.
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As caminhadas podem afinal dizer-nos mais acerca do nosso corpo e do nosso cérebro do que poderíamos pensar. Foi através de um teste de velocidade da marcha, num estudo publicado na revista da Associação Médica Americana, que os investigadores concluíram que o grau de envelhecimento pode ser medido.
As pessoas que caminham mais devagar na "casa" dos 40 anos são aqueles que estão a envelhecer mais depressa, segundo a equipa internacional. Os testes aos mil indivíduos não começaram na idade adulta, mas na infância. Inicialmente foram só realizados exames cognitivos nos primeiros anos de vida. À medida que a idade foi avançado, os testes tornaram-se mais regulares e profundos, como testes físicos e exames cerebrais.
Os investigadores conseguiram prever em algumas crianças com QI mais baixo, cerca de 12 pontos face às restantes, que teriam uma caminhada mais lenta aos 45 anos. A marcha vagarosa revelou-se um indicador de que não só o corpo iria envelhecer mais rapidamente, mas também o cérebro acompanharia este processo.
O estudo registou que as pessoas que caminham mais lentamente estão mais expostas a outros tipos de problemas de saúde como o "envelhecimento" do sistema imunitário, dos pulmões e até o aumento da probabilidade de terem demência.
Segundo os investigadores, o estudo revela-se uma oportunidade para a comunidade descobrir precocemente qual a solução para não envelhecer tão rapidamente. Uma dieta equilibrada e o medicamento metformina para tratamento da diabetes estão a ser estudados pela equipa como uma forma de retardar a velhice.