O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aterrou esta terça-feira na Somália, numa visita de emergência ao país devido à fome.
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"As pessoas estão a morrer. O mundo tem de acabar com isto agora", escreveu António Guterres no Twitter, ao anunciar a chegada àquela nação do Corno de África.
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A Somália faz parte de um plano de ajuda avaliado em quatro mil milhões de dólares (3,77 milhões de euros) para as quatro nações afetadas por conflitos e pela fome. Os outros países são a Nigéria, Iémen e Sudão do Sul, onde foi declarada a fome.
A Somália anunciou no fim de semana o seu primeiro balanço sobre o número de mortes, tendo declarado um desastre nacional na última semana, afirmando que 110 pessoas morreram em 48 horas numa única região.
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O Escritório de Coordenação Humanitária da ONU (OCHA) disse na segunda-feira que 196 pessoas morreram na Somália desde janeiro devido à seca no país, especialmente no sul, que obrigou as autoridades a declarar o estado de "desastre nacional".
A escassez de água provocou um aumento do preço da água, pelo que as comunidades foram obrigadas a recorrer a fontes perigosas que aumentaram o risco de contrair doenças como a cólera e diarreia.
Cerca de três milhões de somalis estarão em situação de emergência alimentar em junho de 2017 e a um passo da fome devido à intensa seca registada nos últimos meses, segundo a ONU.
Na semana passada, o presidente Mohamed Abdullahi Farmaajo declarou o estado de "desastre natural" no país e instou a comunidade internacional a responder "de forma urgente a esta calamidade".