Novo dia marcado por intensas explosões. Numa altura em que as forças ucranianas confirmam mais de dois mil civis mortos, teme-se que o número aumente exponencialmente nas próximas horas. Na quinta-feira há nova ronda de negociações, com o cessar-fogo em cima da mesa. Os pontos-chave desta quarta-feira.
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- O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou que os Estados Unidos vão encerrar o espaço aéreo a companhias russas.
- As tropas de Putin dizem ter controlado a cidade de Kherson, ainda que o presidente da autarquia local garanta que as forças ucranianas estão a resistir aos ataques.
- Teme-se que na cidade de Mariupol, no sudoeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, tenham morrido centenas de civis, nas últimas horas de bombardeamentos contínuos. Vice-presidente da câmara avança que distrito onde vivem 130 mil pessoas está "quase totalmente destruído".
- Um míssil atingiu o edifício da câmara municipal de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana. Há ainda registo de ataques a uma universidade e ao edifício da polícia.
- O número de deslocados da Ucrânia para países vizinhos atingiu as 836 mil pessoas, de acordo com o mais recente balanço do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
- A União Europeia excluiu sete bancos russos do sistema bancário internacional SWIFT, dado ao agravamento das sanções a Moscovo.
- Alexei Navalny, opositor de Vladimir Putin, que sobreviveu a um envenenamento e atualmente está detido, apelou à mobilização da população russa para se manifestar nas ruas contra a guerra.
- O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse esta quarta-feira que o chefe de Estado norte-americano, Joe Biden, sabe que a única alternativa às sanções contra Moscovo é uma terceira guerra mundial, que seria "nuclear devastadora".
- A Amnistia Internacional Portugal pediu ao Governo que ajude a família de Ihor Homeniuk, cidadão ucraniano morto no aeroporto de Lisboa por inspetores do SEF, a sair da Ucrânia perante o conflito vivido no país.
- As autoridades ucranianas apontam para mais de dois mil civis mortos desde o início da invasão russa, há uma semana.
- A Ucrânia convidou, esta quarta-feira, as mães dos militares russos capturados no campo de batalha a ir buscá-los a Kiev numa aparente tentativa de envergonhar Moscovo.
- Mais de mil pessoas de 16 nacionalidades estarão a caminho da Ucrânia, para se juntarem às forças do país na defesa contra a invasão da Rússia, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
- Ucrânia e Rússia acordaram segunda ronda de negociações, na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, esta quinta-feira. Cessar-fogo imediato estará em cima da mesa.
- A Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução que "exige" à Rússia que se retire "imediatamente" da Ucrânia, numa forte repreensão à invasão de Moscovo pelo órgão global encarregado da paz e segurança. Após mais de dois dias de debate extraordinário, 141 dos 193 Estados-membros votaram a favor da resolução não vinculativa. A China estava entre os 35 países que se abstiveram, enquanto apenas cinco votaram contra.
- Roman Abramovich anunciou que tomou a decisão de vender o Chelsea e que os lucros reverterão a favor das vítimas da guerra na Ucrânia.