Ar condicionado, televisão e mini bar: o quarto onde Bolsonaro começou a cumprir pena

Foto: X
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro começou, esta terça-feira, a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão num quarto de doze metros quadrados num edifício da Polícia Federal em Brasília.
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De acordo com as imagens divulgadas pela própria Polícia Federal, o quarto de Jair Bolsonaro tem como único mobiliário uma cama individual, uma pequena mesa, uma televisão e algumas estantes de madeira, com paredes pintadas de branco e sem nenhum quadro ou decoração. Nas imagens é possível verificar ainda a existência de um ar condicionado.
juro por Deus quando fui a sp paguei 300 conto numa diária de hotel onde o quarto era exatamente igual a cela do Bolsonaro no presídio federal pic.twitter.com/3UfuzDh4A3
- nadia (@amoyakissoba) November 22, 2025
O ex-chefe de Estado, que estava em prisão domiciliária por incumprimento de várias medidas cautelares impostas no âmbito do processo, já tinha sido transferido para essa sala da sede da Polícia Federal no sábado, após tentar danificar a pulseira eletrónica.
Hoje, o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil Alexandre de Moraes determinou o início da pena de prisão do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
"Determino o início do cumprimento da pena de Jair Messias Bolsonaro, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 anos e 3 meses", lê-se na decisão divulgada pelo STF.
"Expeça-se o mandado de prisão, que deverá ser cumprido na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal (...) onde se encontra custodiado em virtude de prisão preventiva", acrescenta-se.
Deu-se assim início ao cumprimento da pena de prisão na sequência da condenação, a 11 de setembro, a 27 anos e 3 meses de prisão por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e ameaça grave e deterioração de património tombado.
Bolsonaro nunca reconheceu a derrota, lançou críticas infundadas às urnas eletrónicas, incentivou manifestações de caráter antidemocrático em frente a bases militares e, segundo a justiça, projetou planos para permanecer no poder e até matar adversários políticos e judiciários, entre os quais Lula da Silva e Alexandre de Moares.
Tudo isto culminou nos ataques em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiantes do ex-presidente invadiram e vandalizaram as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, numa tentativa de golpe de Estado para depor Lula da Silva da Presidência.
