O prémio da Árvore Europeia do Ano de 2020 foi entregue ao "Guardião da Vila Inundada", da República Checa, com 47226 votos, tendo o representante português a concurso, o Castanheiro de Vales, ficado em 6.º lugar.
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O vencedor, um pinheiro silvestre de 350 anos, guarda, segundo a lenda descrita na página oficial do concurso, a memória de uma vila perdida.
"O pinheiro de Chudobín cresce num afloramento rochoso na margem da barragem de Vír. O seu nome está relacionado com a vila inundada de Chudobín que desapareceu devido à construção da barragem. Segundo a lenda contada pelos locais, um diabo sentou-se sob o pinheiro durante a noite e tocou violino. No entanto, o mais provável é que tenham ouvido os fortes ventos soprando através do vale. Este pinheiro não é apenas um marco importante, mas também um testemunho impressionante da sua grande resistência às alterações climáticas e ao impacto humano", lê-se na página oficial.
Em comunicado, a associação União da Floresta Mediterrânica (UNAC), anunciou os resultados do concurso deste ano, que entregaram o galardão máximo ao exemplar da República Checa, tendo o Ginko de Daruvar, na Croácia, ficado em 2.º lugar, com 28.060 votos, e o Álamo Solitário, na Rússia, em 3.º lugar com 27.411 votos.
"A árvore portuguesa, o milenar Castanheiro de Vales ficou em 6º lugar no concurso, com 17.048 votos", refere a UNAC, acrescentando que "a participação no concurso Árvore Europeia do Ano serviu para nos dar a conhecer este magnífico monumento vivo que representa a história e o património cultural e natural do nosso país".
O concurso foi organizado pela Environmental Partnership Association e pela European Landowners' Organization com o apoio dos eurodeputados Ludek Niedermayer e Michal Wiezik, tendo sido contabilizados 285.174 votos, distribuídos por 16 árvores finalistas.
"A Árvore Europeia do Ano é um concurso que destaca a importância das árvores no património natural e cultural da Europa e nos serviços do ecossistema. O concurso não procura apenas a árvore mais bonita esteticamente, mas sim uma árvore com uma história, uma árvore enraizada nas vidas e no trabalho das pessoas e da comunidade que a rodeia", explica o comunicado.
A UNAC, organizador nacional do concurso, com o apoio do gabinete do secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, é uma organização que "representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias".