Julian Assange foi detido esta quinta-feira. Imagens da sua saída da Embaixada do Equador, em Londres, mostram o fundador do WikiLeaks com aspeto envelhecido.
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Em comunicado, a Scotland Yard indicou que o fundador da WikiLeaks foi detido na Embaixada do Equador, em Londres, por agentes do Serviço Metropolitano de Polícia (MPS, na sigla original), dando seguimento a um mandado emitido por magistrados do Tribunal de Westminster, emitido em 29 de junho de 2012.
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Mais tarde, a polícia britânica admitiu que um pedido de extradição dos EUA também tinha contribuído para detenção do fundador da Wikileaks. "Julian Assange, de 47 anos, foi hoje preso, quinta-feira, 11 de abril, em nome das autoridades dos Estados Unidos, às 10:53 horas, após a sua chegada a uma esquadra de polícia no centro de Londres. Este é um mandado de extradição", refere a polícia num comunicado.
Assange deverá hoje ser presente ao tribunal de primeira instância, o Tribunal de Magistrados de Westminster.
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A advogada de Julian Assange, Jennifer Robinson, já tinha revelado através da rede social Twitter que Assange "foi preso não apenas por quebra de condições de fiança, mas também em relação a um pedido de extradição dos EUA".
O Departamento de Justiça dos EUA inadvertidamente revelou a existência de um processo criminal selado contra Assange durante um processo judicial no ano passado, mas não é claro qual é a acusação.
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Também através do Twitter, a organização WikiLeaks acusou "atores poderosos", incluindo a CIA, de um esforço "sofisticado" para desumanizar Julian Assange.
Julian Assange estava refugiado na embaixada do Equador há sete anos. "Foi levado sob custódia para uma esquadra no centro de Londres, onde permanecerá até ser ouvido por um juiz", esclarece o comunicado da Scotland Yard.
Assange refugiou-se na embaixada equatoriana na capital britânica em 2012 para evitar a sua extradição para a Suécia, que solicitou que o fundador do WikiLeaks se entregasse por supostos crimes sexuais, um processo que entretanto prescreveu.
Assange recusou depois entregar-se às autoridades britânicas por receio de ser extraditado para os Estados Unidos (EUA), onde poderia enfrentar acusações de espionagem puníveis com prisão perpétua.
Em 2010, o WikiLeaks divulgou mais de 90 mil documentos confidenciais relacionados com ações militares dos EUA no Afeganistão e cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra no Iraque.
Naquele mesmo ano foram tornados públicos cerca de 250 mil telegramas diplomáticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que embaraçou Washington