O juiz Sergio Moro aceitou a proposta de Jair Bolsonaro para ser o ministro da Justiça do Brasil. O juiz brasileiro notabilizou-se por ser o responsável pelo processo Lava Jato, que levou à condenação do antigo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil classificou de "fraude do século" a nomeação de Sergio Moro para ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsonaro, lembrando que o juiz condenou o antigo Presidente Lula da Silva.
"A fraude do século! O juiz Sergio Moro será ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsonaro, que apenas conseguiu eleger-se porque Lula foi injustamente condenado e impedido de participar nas eleições", escreveu a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na rede social Twitter.
Em mensagens escritas em português, espanhol e inglês, a dirigente criticou ainda a "politização [de Moro]", ao garantir que o juiz intercetou chamadas telefónicas da antiga Presidente Dilma Rousseff (2011-2016) e as enviou para a imprensa.
"Ajudou a eleger, vai ajudar a governar", resumiu Hoffman sobre o novo ministro.
Fernando Henrique admite que Moro pode ajudar a combater corrupção
O ex-Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso admitiu que a nomeação do juiz Sérgio Moro para ministro da Justiça do Governo de Jair Bolsonaro pode ser positiva para o combate à corrupção.
"Moro na Justiça: Homem sério. Preferia vê-lo STF [Supremo Tribunal Federal], talvez uma etapa (...) Torço pelo melhor, temo que não, sem negativismos nem adesismos. A corrupção arruína a política e o país. Se Moro a combater, ajudará o país", escreveu o antigo chefe de Estado na rede social Twitter.
Sergio Moro ficou amplamente conhecido no Brasilpor julgar os casos da operação Lava Jato, uma investigação policial que desvendou dezenas de esquemas de corrupção na petrolífera estatal Petrobras e em outros órgãos públicos do país.
O próximo ministro da Justiça do país é responsável por sentenças de condenação de grandes empresários, políticos e ex-funcionários da Petrobras e também do ex-Presidente Lula da Silva.
Luiz Inácio Lula da Silva acusou sempre Moro de praticar 'lawfer' (termo que significa abuso e mau uso das leis e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política) alegando também que foi condenado sem provas num processo sobre um apartamento de luxo na cidade do Guarujá, no litoral do estado de São Paulo.