Pedir para que quebrem as regras de trânsito, dar indicações a partir do banco de trás e tratar mal o condutor, são algumas das coisas que mais deixam os taxistas fora de si.
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O site "City Lab" contactou alguns taxistas de forma a saber quais são as coisas que mais transtorna quem exerce a profissão. Compilou a conversa com Emir Ayed, taxista há 12 anos em Boston, EUA, em sete tópicos que, habitualmente, deixam os taxistas sem vontade de trabalhar.
1. Tratar o taxista como um servo
Uma das piores coisas que os clientes fazem aos taxistas é assobiar para chamar a sua atenção, segundo Emir Ayed. Considera que assobiar é uma das piores formas para chamar alguém e que, quando o fazem, muitas vezes prefere não parar. Fala ainda dos clientes que entram no carro sem cumprimentar o condutor, o que cria, desde logo, um ambiente hostil, considera o taxista.
2. Indicar caminho do banco de trás
Ayed diz que é da responsabilidade do condutor conhecer os caminhos mais rápidos para chegar ao destino que o cliente pretende. Assim, quando quem é transportado indica o caminho aos taxistas, muitas vezes até em cima do momento, acaba por ser desconfortável para o trabalhador. O taxista de Boston considera que, quando é visível que o profissional não reconhece desde logo o caminho, se deve perguntar se é necessária ajuda.
3. Pedir ao taxista para quebrar regras
A vontade de qualquer pessoa é chegar, o quanto antes, do ponto A ao ponto B. Até porque, em viagens de táxi, isso implica também pagar menos. De forma a atingir isso, há muitos que procuram que o condutor não pare num sinal vermelho ou que acelere um pouco mais do que é permitido. Porém, Ayed relembra que são os condutores os responsáveis pelas multas, que até podem fazer com que deixem de poder conduzir.
4. Clientes embriagados
Conduzir ou ir de táxi. Para quem está embriagado, a segunda hipótese é sempre melhor. Contudo, o taxista relembra que é sempre desagradável quando os clientes estão de tal forma embriagados que acabam por vomitar ou adormecer no veículo. Aconselha, portanto, a que, mesmo bebendo, sejam capazes de ser "funcionais".
5. Quando namoram no veículo
Ayed, como muitos dos profissinais, já se deparou com várias situações ao longo dos 12 anos de carreira. Relembra que os condutores estão a apenas uns centímetros dos clientes e que, por isso, tudo o que é feito no banco de trás é percetível por quem conduz. Quando se depara com situações mais desconfortáveis recorda que não é um condutor particular, mas sim um taxista. "Devem-me respeito", reitera.
6. Uber
Ayed, como grande parte dos taxistas tradicionais, não gosta da Uber. "Se fazíamos 200 dólares por noite, íamos para casa com 150 ou 120. Agora, se formos com 100 dólares já temos sorte. A Uber retirou-nos a susistência", referiu.
7. Levar comida no táxi
"Deixam cair comida, migalhas e fica o cheiro da comida - e depois nós lidamos com isso", diz o taxista, pedindo às pessoas que quando precisam de facto de comer no veículo, que peçam ao seu proprietário.