Vários relatos contraditórios foram publicados pela imprensa britânica e norte-americana nos últimos dias após a perseguição de carro "quase catastrófica" por paparazzi de que o príncipe Harry, filho mais novo de Carlos III, e Meghan Markle foram alvo, na terça-feira, em Nova Iorque.
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Um porta-voz do casal anunciou, na quarta-feira, que Harry e Meghan foram vítimas de uma perseguição "implacável" durante duas horas que quase levou a várias colisões depois de participarem numa cerimónia de entrega de prémios. O relato do incidente gerou rapidamente comparações com as circunstâncias do acidente em Paris em que a princesa Diana, mãe de Harry, morreu em 1997 enquanto era perseguida por fotógrafos.
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Por outro lado, a polícia nova-iorquina, que foi chamada a ajudar no transporte do casal, minimizou o perigo e a duração da suposta perseguição. Um porta-voz da polícia afirmou que o incidente foi "desafiador" por causa dos fotógrafos, mas "não foram relatadas colisões, lesões ou detenções". Segundo o jornal norte-americano "New York Post", não houve chamadas de emergência para a polícia e a suposta perseguição "não durou nem duas horas".
Fontes policiais disseram à "CBS News" que o veículo circundou o mesmo local da cidade durante cerca de uma hora numa tentativa de se livrar dos paparazzi. Depois, o casal dirigiu-se a uma esquadra da polícia, onde trocaram de veículo, entrando no táxi de Sukhcharn "Sonny" Singh, que conduziu um quarteirão até que o veículo foi bloqueado por um camião do lixo. "De repente os paparazzi vieram e começaram a tirar fotografias", contou. Nessa altura, Singh levou o casal novamente para a esquadra. O taxista confirmou à "BBC" que o casal "parecia nervoso", mas os paparazzi não estavam a ser agressivos e que o relato do porta-voz do casal era "exagerado".
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Fotógrafos apontam o dedo ao motorista de Harry e Meghan
Em entrevista exibida pelo canal britânico "ITV", um dos fotógrafos envolvidos acusou a comitiva de Harry e Meghan de causar o perigo. "Foi muito tenso tentar acompanhar os veículos", disse o fotógrafo, que pediu anonimato. "Aconteceram muitos tipos de manobras diferentes para parar o que estava a acontecer. Foi o motorista deles que tornou a experiência tão catastrófica", acrescentou. "Quis conduzir rápido, mudar de faixa (...), ir na direção oposta".
Por sua vez, Chris Sanchez, membro da equipa de segurança do casal, disse à "CNN" que a perseguição foi preocupante e perigosa. "Nunca tinha visto ou vivido nada semelhante", afirmou. "O que tínhamos em mãos era muito caótico. O público esteve em perigo em vários momentos. Poderia ter sido fatal".
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Agência recusa-se a entregar fotografias
Uma agência de entretenimento que fotografou Harry e Meghan durante a suposta perseguição de carro recusou-se a entregar-lhes as imagens.
Backgrid, com sede na Califórnia, recebeu uma carta da equipa jurídica dos Sussex que exigia que a agência fornecesse "imediatamente cópias de todas as fotografias, vídeos e/ou filmes feitos" na terça-feira.
A agência recusou o pedido numa carta de resposta: "Na América, como tenho certeza de que sabem, a propriedade pertence ao proprietário: terceiros não podem simplesmente exigir que lhes seja dado, como talvez os reis possam fazer. Talvez devessem avisar os seus clientes que as regras inglesas de prerrogativa real de exigir que os cidadãos entreguem as suas propriedades à Coroa foram rejeitadas por este país há muito tempo".
Na quarta-feira, a Backgrid anunciou que estava a investigar a conduta de quatro fotógrafos envolvidos no incidente.