A Junta Islâmica de Espanha e o Instituto Halal transmitiram esta sexta-feira a sua "profunda comoção e condenação absoluta e sem reservas do execrável atentado terrorista" registado na quinta-feira em Barcelona, capital da Catalunha.
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Em comunicado, as duas associações muçulmanas solidarizam-se com as vítimas e suas famílias e lamentam o aumento da lista de atos terroristas relacionados com o terrorismo islâmico.
"Nada pode justificar este crime, que nos indigna, como nos indignaram os perpetrados em Paris, Londres, Berlim, Estocolmo, Manchester, Cabul, Bagdade, Damasco, Manila e outros tantos lugares", recordam.
Os autores do ataque em Barcelona são "assassinos que não representam nenhuma confissão religiosa" e que se dedicam a "ceifar a vida de inocentes", "compatriotas" e "pessoas que elegeram" Espanha "como lugar de ócio e descanso".
Os ataques de quinta-feira, que causaram 14 vítimas mortais e 130 feridos na avenida mais movimentada de Barcelona, Las Ramblas, e na localidade balnear de Cambrils, foi "cobarde e indiscriminado" contra "pessoas pacíficas e indefesas que apenas queriam desfrutar dos múltiplos encantos que o verão oferece na Catalunha".
Trata-se de "atos que procuram alimentar o medo e a exclusão, destruir a nossa coabitação e reforçar o ideário dos que aspiram a dividir-nos e a construir ilusões através da negação do outro", acusam.
A União para o Mediterrâneo, fórum de diálogo e cooperação entre a União Europeia e 15 países do Mediterrâneo, condenou "firmemente" os ataques na Catalunha.
Condenação foi também a posição da Associação das Vítimas do Terrorismo em Espanha, que apresentou à Audiência Nacional (equivalente ao Supremo Tribunal) uma queixa contra os autores dos ataques na Catalunha, mencionando concretamente os irmãos Driss e Mussa Oukabir, já detidos pela polícia.
O ataque levado a cabo por um homem, ainda procurado pelas autoridades, que, ao volante de uma furgoneta, atropelou mortalmente 13 pessoas e feriu mais de uma centena, na avenida mais movimentada de Barcelona, Las Ramblas, ocorreu pelas 17:00 locais (16:00 em Lisboa) de quinta-feira e foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Horas depois, a polícia abateu cinco suspeitos envergavam coletes simulando cargas explosivas, na marginal de Cambrils, cidade costeira de Tarragona, a uma centena de quilómetros a sul de Barcelona, onde foram atropeladas outras seis pessoas, uma das quais acabou por morrer.