Homens armados mataram 36 pessoas no nordeste do Quénia, no mais recente ataque alegadamente realizado por militantes do grupo rebelde Shebab, com ligações à al-Qaeda.
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Um grupo de homens armados atacou uma pedreira na localidade de Mandera, esta terça-feira de madrugada. Segundo a agência France Press, os homens pulverizaram o acampamento onde dormiam os trabalhadores, fazendo-os sair das tendas, e executaram os não muçulmanos com balas na cabeça. Algumas das vítimas foram sequestradas, segundo a polícia e imprensa.
O ataque ocorreu perto da localidade de Mandera, onde os Shebab somalianos, com ligações à al-Qaeda e a outras milícias, têm realizado uma série de ataques recentemente, informou a imprensa queniana.
O incidente ocorreu depois de homens armados terem, na noite de segunda-feira, lançado granadas e aberto fogo num bar na localidade de Wajir, causando um morto e 12 feridos.
"A nossa equipa está no terreno a recolher provas", informou a Cruz Vermelha queniana.
Um porta-voz da polícia, Zipporah Mboroki, confirmou os ataques, remetendo para mais tarde um balanço sobre o incidente.
Outro responsável da polícia informou que 36 pessoas foram mortas e que várias podem ter sido sequestradas.
Mandera fica perto do local onde, no mês passado, islamitas executaram 28 não-muçulmanos depois de os terem levado num autocarro.
Os Shebab indicaram que estes sequestros são a retaliação pelos raides da polícia queniana nas mesquitas de Mombasa, o grande porto do sudeste do Quénia.
O país tem sido palco de vários atentados desde a sua intervenção militar contra os Shebab na Somália em 2011. Tropas da União Africana juntaram-se às forças quenianas na luta contra os shebab.
A preocupação com a segurança no país aumentou em junho e julho quando os Shebabs mataram cerca de 100 pessoas numa série de ataques contra localidades na região de Lamu na costa queniana.