Aviões norte-americanos lançaram novos ataques contra militantes do Estado Islâmico no Norte do Iraque apesar da ameaça de matar um segundo americano sequestrado em retaliação pelos ataques.
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Aviões da Marinha norte-americana e aparelhos não tripulados têm fornecido cobertura aérea às forças curdas e iraquianas que combatem os rebeldes do Estado Islâmico (EI) na região da cidade de Mossul.
Juntamente com o vídeo da morte de James Foley, o EI mostrou um outro jornalista sequestrado, Steven Sotloff, e disse que o seu destino estava ligado às próximas ações norte-americanas.
Porém, desde que as imagens foram conhecidas, as forças americanas na região lançaram pelo menos 14 ataques aéreos na zona da barragem de Mossul, uma instalação-chave conquistada ao EI no início da semana. Os raides fornecem apoio aéreo às forças curdas e iraquianas que tentam empurrar os combatentes do EI para as montanhas.
Esta campanha militar põe em evidência uma série de alianças tidas, até há pouco tempo, como muito improváveis, se não mesmo impossíveis, como é o caso do apoio de Washington aos combatentes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ainda formalmente considerados terroristas.
Condenados por três décadas de rebelião contra o Estado turco, os "marginais" do PKK têm agora um papel decisivo na luta contra os extremistas islâmicos, tentando varrê-los do Iraque, e contando, inclusive, com o apoio efetivo dos aviões dos EUA.
Este envolvimento tem consequências internas, para os movimentos rivais curdos até agora incapazes de travar o avanço do EI, mas também para a comunidade internacional, que enfrenta a pressão do PKK para perder o rótulo de "terrorista".