Pelo menos 12 pessoas, na maioria polícias, morreram, esta sexta-feira, e cinco ficaram feridas num ataque suicida contra um quartel da polícia em Tirinkot, capital da província afegã de Uruzgan.
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O ataque ocorreu ao meio-dia, quando os agentes da polícia almoçavam no quartel, disse Abdullah Hemmat, porta-voz do Governo local, à agência afegã AIP.
"O ataque provocou 12 mortos, na maioria polícias, e cinco feridos", referiu Abdullah Hemmat, que também confirmou a morte de diversos trabalhadores civis do quartel, e admitiu que o número de vítimas mortais poderia aumentar.
Há relatos de que o rebelde suicida envergava um uniforme da polícia, que lhe permitiu entrar na base. Contudo, o ataque ainda não foi reivindicado.
Os atentados suicidas, a par dos engenhos explosivos artesanais, são os métodos mais recorrentes dos talibãs para atingir as forças afegãs e internacionais, apesar de provocarem um elevado número de vítimas civis.
Ainda esta sexta-feira, cinco polícias e três civis afegãos morreram num atentado suicida no posto fronteiriço de Chaman-Spin Boldak, entre o Paquistão e o Afeganistão e importante ponto de passagem para as numerosas colunas de veículos pesados que abastecem as forças da NATO.
Com a progressiva retirada das forças da NATO está a aumentar o número de polícias e militares afegãos vítimas de ataques e atentados.
O porta-voz do Ministério do Interior, Sediq Sedigi, afirmou recentemente que 299 polícias afegãos foram mortos em confrontos com os talibãs apenas no mês de junho, mais 22% que no mesmo período de 2012.
No Afeganistão prossegue o processo de retirada das tropas internacionais, que deverá ficar concluído em 2014 caso sejam cumpridos os prazos previstos no calendário negociado com as autoridades de Cabul, que parecem incapazes de suster os ataques insurgentes.