Oitenta e seis pessoas morreram e 116 ficaram feridas na sequência de duas explosões ocorridas, este sábado, junto à principal estação de comboios da capital da Turquia, Ancara.
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Há 28 feridos em estado grave, segundo um novo balanço oficial. Os números foram revelados pelo ministro turco da Saúde, Mehmet Muezzinoglu, numa conferência de imprensa transmitida em direto pelo canal de notícias NTV.
Estes números dizem respeito às 62 pessoas que morreram no local das explosões, junto à principal estação ferroviária de Ancara e a outras 24 que sucumbiram aos ferimentos.
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A dupla explosão foi causada por um atentado "terrorista", segundo uma fonte governamental, e o momento de uma das explosões foi captado por um dos manifestantes.
"Suspeitamos de ligações terroristas", declarou à agência noticiosa AFP, citada pela Lusa, um responsável governamental que pediu para não ser identificado.
No local da explosão deveria realizar-se esta tarde uma manifestação a favor da paz, organizada por sindicatos e partidos políticos de esquerda, entre os quais o principal partido pró-curdo do país, o Partido Democrático do Povo (HDP).
"Ouvimos uma explosão grande e outra mais pequena e houve um grande movimento de pânico, depois vimos os corpos que enchiam a praça em frente à estação", disse à AFP Ahmet Onen, um reformado de 52 anos que fugiu do local juntamente com a mulher.
"Uma manifestação destinada a promover a paz transformou-se num massacre, não compreendo", acrescentou.
A dupla explosão aconteceu três meses depois de um atentado suicida, atribuído ao grupo jihadista do Estado Islâmico, que fez 32 mortos entre os militantes da causa pró-curda.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan já condenou o atentado. "Condeno firmemente este ataque odioso contra a união e a paz do nosso país", vincou Erdogan numa declaração divulgada na página da Internet da presidência turca.