O ativista chinês Chen Guangcheng, a sua mulher e os seus dois filhos, partiram para os Estados Unidos, este sábado, encerrando um processo diplomático que durava há um mês.
Corpo do artigo
"Milhares e milhares de pensamentos surgem na minha mente", afirmou Chen Guangcheng, calmo, dizendo esperar regressar à China no futuro
Para Bob Fu, ativista dos direitos humanos na China, o desenlace foi um "grande progresso" e uma "vitória para os combatentes pela liberdade" naquele país.
O ativista cego chinês cuja fuga de uma aldeia rural desencadeou uma disputa diplomática entre Pequim e Washington foi retirado à pressa de um hospital para o aeroporto, este sábado, de onde embarcou para os Estados Unidos.
A saída de Chen e da sua família para os Estados Unidos marca o fim de um mês de incerteza e anos de maus tratos por parte das autoridades locais para o ativista, que fez uma ousada fuga da prisão domiciliar, no mês passado.
Chen Guangcheng, 40 anos, estava no Hospital de Pequim desde que abandonou a embaixada norte-americana em Pequim onde esteve refugiado vários dias.
O ativista ficou conhecido por denunciar esterilizações forçadas e abortos tardios devido à política do filho único.