Uma ativista de direitos humanos da Arábia Saudita voltou a ser presa este domingo. Loujain al-Hathloul já havia sido detida há três anos por ser apanhada a conduzir. A Amnistia Internacional pediu a libertação imediata da mulher.
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Loujain al-Hathloul terá sido detida no Aeroporto Internacional Rei Fahd, em Dammam, no leste do país, segundo informação avançada pela Amnistia Internacional. As razões para a sua detenção ainda não são conhecidas, mas a organização acredita que esteja relacionado com a sua defesa dos direitos humanos.
"A perseguição constante de Loujain al-Hathloul por parte das autoridades da Arábia Saudita é absurda e injustificada", afirmou, em comunicado, Samah Hadid, diretor das campanhas da Amnistia Internacional no Médio Oriente.
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A ativista já havia sido detida em 2014, por 73 dias, quando tentou entrar no país a conduzir, proveniente dos Emirados Árabes Unidos. Na altura, a mulher filmou a sua detenção em direto para o "Twitter". O vídeo rapidamente chamou a atenção de ativistas dos direitos das mulheres.
A Arábia Saudita é o único país do mundo que proíbe as mulheres de conduzir. Ainda que não seja tecnicamente ilegal que as mulheres conduzam, apenas os homens podem obter cartas de condução. As mulheres que forem apanhadas "ao volante" arriscam-se a ser detidas ou multadas pelas autoridades.
A mulher, que foi detida no domingo, terá sido levada para Riade, a capital do país, esta terça-feira, para ser interrogada. A Amnistia Internacional avança ainda que Loujain al-Hathloul não teve acesso a qualquer advogado, bem como contacto com a família.