A política de zero casos adotada pela China colocou cidades como Changchun e Shenzhen em confinamento.
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A variante omicrón, embora represente "menos 50% a 60% de risco de hospitalização e morte do que estirpes anteriores" fez subir o número de infeções em todo o mundo. A China não é exceção, enfrentando, neste momento, a fase mais difícil dos últimos dois anos, segundo o epidemiologista chinês Zhang Wenhong. Desde o início do mês, o país passou de 119 para 3122 casos diários. Por isso, o epidemiologista considera que "não é o momento" para debater a política de tolerância zero à covid-19 da China.
Na cidade de Shenzhen, 17 milhões de habitantes estão confinados de forma a controlar um surto da nova variante. Outras restrições já tinham sido aplicadas, como o encerramento de comércio não essencial e restaurantes. Também Changchun, capital da província de Jilin, anunciou o isolamento dos seus nove milhões de habitantes.
Comparativamente a outros países, o número de infetados na China é menor, mas a estratégia "zero casos" obriga ao confinamento de cidades inteiras e testagem em massa. Esta medida de controlo é bastante questionada, assim como a eficácia das vacinas chinesas, que segundo um estudo do "New York Times", se revelam com baixa eficácia.
O primeiro caso de SARS-CoV-2 foi detetado em 2019 neste país asiático onde, desde o início da pandemia, registou 4.636 mortes associadas ao vírus e 115.466 infeções.