
Britânico foi acusado no mês passado
Foto: Australian Federal Police
A Austrália cancelou o visto de um cidadão britânico acusado este mês de exibir símbolos nazis proibidos, confirmou esta quarta-feira o ministro do Interior do país.
O ministro do Interior, Tony Burke, afirmou que o cidadão britânico de 43 anos perderá o direito de permanecer no país depois de ter sido acusado de exibir a suástica nazi (Hakenkreuz) e de disseminar retórica antissemita nas redes sociais. "Eu disse, há algum tempo, que, no que diz respeito à liberdade de expressão, não toleraria o ódio quando se tratasse de cancelar vistos", declarou à emissora nacional ABC. "Quase todos os que possuem visto são bons hóspedes e bem-vindos no nosso país. Mas se alguém vier aqui com o propósito de disseminar ódio, pode ir-se embora."
A Polícia Federal Australiana informou este mês que acusou o homem, residente no estado de Queensland, no leste do país, "de alegadamente exibir símbolos nazis proibidos". Foi acusado de usar duas contas no Google para "exibir a suposta suástica nazi e defender uma ideologia pró-nazi com ódio específico à comunidade judaica, além de incitar à violência contra essa comunidade".
Camberra prometeu uma ampla repressão do discurso de ódio após o massacre de 14 de dezembro, que teve como alvo um festival judaico na praia de Bondi, em Sidney, e fez 15 mortos. O governo está a pressionar para a aprovação de novas leis que criminalizam a pregação do ódio, aplicam penas a quem for considerado culpado de radicalizar menores e criam um novo registo de grupos supostamente extremistas, cuja filiação será ilegal.
O ministro do Interior da Austrália tem amplos poderes para cancelar vistos. No mês passado, Burke cancelou o visto do sul-africano Matthew Gruter, que tinha sido fotografado numa manifestação neonazi em frente ao parlamento de Nova Gales do Sul.
