
Foto: Saeed Khan/AFP
Um australiano foi acusado e detido depois de alegadamente ter publicado uma mensagem nas redes sociais a apoiar o massacre na praia de Bondi.
Os detetives invadiram a casa do suspeito na terça-feira, informou a Polícia da Austrália Ocidental em comunicado. A polícia encontrou seis armas de fogo registadas, quatro mil cartuchos de munições sem segurança e material antissemita na casa do suspeito, segundo os meios de comunicação locais. O homem foi acusado de intenção de assédio racial, porte ou posse de arma proibida e armazenamento inadequado de arma de fogo ou material relacionado.
O suspeito, identificado pelos meios de comunicação locais como Martin Thomas Glynn, de 39 anos, residente em Perth, compareceu no Tribunal de Magistrados de Fremantle na quarta-feira.
Numa publicação nas redes sociais, terá manifestado "total apoio" ao massacre de 14 de dezembro num festival judaico na praia de Bondi, que matou 15 pessoas, segundo relatos dos meios de comunicação social. Glynn terá dito ao tribunal que não tinha intenção de ferir ninguém e que estava a tentar contrastar o ataque em Bondi com as mortes de palestinianos em Gaza.
Foi mantido sob custódia até à próxima audiência em fevereiro.
O Comissário da Polícia da Austrália Ocidental, Col Blanch, disse que não acredita que o homem faça parte de uma rede. "Acreditamos que este é um indivíduo que fez estes comentários online e ainda precisamos de avaliar a ameaça que representa", disse aos jornalistas.
O primeiro-ministro Anthony Albanese disse que foi informado sobre a detenção. "Não há lugar na Austrália para o antissemitismo, o ódio e as ideologias violentas", disse em comunicado."Agradeço o trabalho da Polícia da Austrália Ocidental em identificar rapidamente este indivíduo e agir imediatamente".
