Áustria quer cortar ajuda financeira europeia a países que não acolhem refugiados
A ministra do interior austríaca defende que as ajudas financeiras europeias devem ser reduzidas ou suprimidas aos países que estejam relutantes em receber mais refugiados.
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Numa entrevista a uma televisão alemã, Johanna Mikl-Leitner, afirmou que a pressão sobre os governos deve aumentar e isso pode ser feito através de "uma redução", eventualmente "uma supressão", das ajudas financeiras europeias aos países que não demonstram "qualquer responsabilidade solidária".
É possível "aumentar (a pressão) através dos apoios financeiros, suprimindo-os ou reduzindo-os", disse Mikl-Leitner, à televisão pública alemã ARD.
A Alemanha, que em 2015 prevê acolher 800 mil refugiados, quatro vezes mais que em 2014 e mais do que qualquer outro país da União Europeia (UE), defende uma maior repartição dos refugiados pelos vários países.
Uma proposta da Comissão Europeia para repartir os refugiados pelos países europeus através de um sistema de quotas foi recentemente rejeitada pelos líderes europeus.
Mikl-Leitner considerou, por outro lado, que a construção de vedações nas fronteiras para conter o fluxo de refugiados "é uma ilusão".