As autoridades belgas desmentiram, este domingo, ligações entre a célula jiadista desmantelada esta semana em Verviers e a detenção no sábado de quatro pessoas em Atenas, na Grécia.
Corpo do artigo
"Verificámos uma série de elementos com as autoridades gregas e assegura-se que estas pessoas não estão envolvidas na investigação que nos ocupa", indicou Eric Van Der Sypt, porta-voz da investigação.
A imprensa belga noticiou no sábado que a célula islamita, desmantelada quinta-feira na Bélgica, seria coordenada a partir da Grécia por um ex-combatente jiadista regressado da Síria.
Na tarde de sábado, a polícia grega deteve quatro pessoas que se suspeitava estarem relacionadas com o caso belga, mas não foi possível confirmar que o presumível chefe da rede jiadista belga estivesse entre os detidos.
Segundo informações policiais fornecidas à imprensa grega, as características de um dos detidos num bairro de Atenas coincidiam com a descrição feita pela Bélgica.
A polícia grega recolheu amostras de ADN e impressões digitais para enviar para Bruxelas a fim de confirmar a sua identidade.
Os meios belgas noticiaram no sábado que o suspeito de dirigir a célula terrorista teria mantido contactos telefónicos com o irmão de um dos alegados terroristas que morreram em Verviers.
Tratar-se-ia do belga de origem marroquina Abdelhamid Abaaoud, de 27 anos, conhecido como Abu Omar Sussi, que terá partido para a Síria para se juntar ao Estado Islâmico (EI) e agora residiria na Grécia.
O porta-voz da investigação não confirmou a identidade do suposto cérebro da célula belga.
Uma operação antiterrorismo realizada na quinta-feira pela polícia em várias cidades da Bélgica resultou na detenção em Verviers de um suspeito e na morte outros dois presumíveis jiadistas, que alegadamente planeavam ataques.
Cinco pessoas foram formalmente acusadas de "participação em atividades de um grupo terrorista" e três delas ficaram em prisão preventiva.