Avião da Malaysia Airlines não caiu na zona onde foram detetados sinais acústicos
O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu no início de março, não se despenhou na zona do sul do Oceano Índico onde foram detetados sinais acústicos, anunciou, esta quinta-feira, o centro que coordena as buscas.
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"Esta área pode agora ser descartada como tendo sido o local onde terminou o MH370", refere um comunicado do Centro de Coordenação Internacional das Buscas (JACC), liderado pela Austrália.
O anúncio foi feito após ter sido dada por concluída, sem resultados, a missão de busca subaquática, que arrancou no início de abril na área do Oceano Índico onde foram detetados sinais acústicos semelhantes aos emitidos pelas caixas negras dos aviões.
A agência de coordenação informa que não foram detetados sinais de destroços do avião pelo minissubmarino, desde que o Bluefin-21, com capacidade para mergulhar até 4500 metros de profundidade e que utiliza um sonar para criar uma imagem do fundo do mar, foi integrado nas operações de busca pelo avião.
O navio australiano Ocean Shield, que transportava o minissubmarino teleguiado, deixou a zona depois de o Bluefin-21 ter mapeado uma área de 850 quilómetros quadrados de área no fundo do mar.
O avião da Malaysia Airlines, com 239 pessoas a bordo, desapareceu a 8 de março depois de descolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim, onde deveria ter chegado cerca de seis horas depois.
Segundo a JACC, as operações de busca vão entrar numa nova fase, envolvendo o uso de sofisticados equipamentos para mapear a área do oceano que não foi examinada, com base em todas as informações disponíveis e em análises revistas, com vista a definir uma zona de busca de até 60 quilómetros quadrados.
O navio chinês Zhu Kezhen está atualmente a mapear as áreas do fundo oceânico, preparando a profunda busca no oceano para o qual foi contratado, a qual se deve iniciar em agosto e levar até um ano a ser concluída, indicou a JACC, citada pela agência AFP.