O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, declarou-se "triste e escandalizado" com a morte de sete capacetes azuis do Níger numa emboscada na Costa do Marfim.
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Em declarações aos jornalistas, Ban Ki-moon disse que outros 40 capacetes azuis "ficaram com os aldeões nesta região recuada para os proteger do grupo armado que desencadeou o ataque".
"Estes colegas (dos capacetes azuis mortos) continuam em situação de perigo", acrescentou.
Ban Ki-moon apelou ao Governo da Costa do Marfim "para fazer tudo o que for possível para identificar os autores do ataque e os obrigar a prestar contas".
"Estes corajosos soldados morreram ao serviço da paz", destacou o secretário-geral da ONU, declarando-se "profundamente chocado".
"Estou profundamente chocado e condeno vivamente o ataque. Apresento as minhas sinceras condolências ao Governo do Níger e às famílias dos capacetes azuis", acrescentou.
Os sete capacetes azuis do Níger (e não da Nigéria como noticiou anteriormente a agência Lusa, seguindo a agência AFP) pertenciam à Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (ONUCI, em francês) e foram mortos na sexta-feira numa emboscada no ocidente da Costa do Marfim, no primeiro ataque do género contra a ONUCI, de acordo com um porta-voz da missão.
A região ocidental da Costa do Marfim foi por diversas vezes palco de ataques mortíferos depois da crise político-militar de dezembro de 2010 a abril de 2011, que causou cerca de três mil mortos em todo o país.
A ONUCI, criada em 2004, tem cerca de 11 mil capacetes azuis, polícias e funcionários civis oriundos de mais de 50 países.
Os principais contingentes vieram do Bangladesh, Benim, França, Gana, Jordânia, Marocos, Niger, Paquistão, Senegal e Togo.
Desde o início do ano, 37 capacetes azuis perderam a vida em operações em todo o mundo , de acordo com o Departamento de Operações de Manutenção da Paz da ONU.