Barroso diz que será "extremamente difícil" adesão de Escócia independente à União Europeia
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considerou, este domingo, que será "extremamente difícil, senão impossível" para a Escócia independente aderir à União Europeia, no caso desta região britânica votar pela independência no referendo de setembro.
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"Penso que será extremamente difícil, senão impossível" para uma Escócia independente integrar a União Europeia, já que a adesão de um Estado saído de um país membro da União Europeia (UE) "tem que ser aprovado por todos os outros membros", disse Durão Barroso à cadeia de televisão BBC.
Barroso, que assegurou não querer interferir no debate sobre a independência da Escócia, considerou que conseguir o apoio de 28 países membros da UE seria "extremamente difícil, se não impossível.
"Não quero interferir neste debate democrático, mas será extremamente difícil" conseguir que todos os países da UE aceitem um país surgido de um dos seus membros, disse Barroso, que recordou que a Espanha, por exemplo, se opôs ao reconhecimento do Kosovo.
"Se há um país novo, tem que pedir a adesão e é muito importante que seja aprovado por todos", insistiu.
As palavras de Barroso representam um novo revés para o ministro principal da Escócia, o nacionalista Alex Salmond, que defende o "sim" no referendo sobre a independência do país previsto para 18 de setembro.
Salmond quer que a Escócia continue na União Europeia e defende a manutenção da libra esterlina como moeda, algo já recusado esta semana pelo Governo britânico pelos restantes grandes partidos do Reino Unido.