Um dos mais poderosos piratas somalis, Mohamed Abdi Hassan, foi detido na Bélgica, onde será julgado pelo sequestro com reféns do navio belga "Pompeya" durante 70 dias.
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A informação, divulgada, esta segunda-feira, por diversos meios de comunicação social, não pôde ser confirmada junto de fonte oficial, mas o Ministério Público federal belga deverá dar uma conferência de imprensa durante a manhã, segundo fonte judicial.
Abdi Hassan, que tinha anunciado a sua retirada em janeiro, foi detido no aeroporto de Bruxelas, onde aterrou no sábado, proveniente de Nairobi (Quénia) e foi levado para Bruges, onde o juiz determinou a prisão preventiva, informa o diário "De Standaard".
Chamado de "Boca grande" (Afweyne, em somali), Abdi Hassan é considerado, junto com os filhos, como um dos mais célebres e perigosos líderes da pirataria na costa da Somália nos últimos anos, segundo os relatórios da ONU.
Estima-se que desde 2005 Abdi Hassan tenha ganhado vários milhões de dólares graças às suas atividades criminosas.
O sequestro do "Pompeya" manteve como reféns, durante 70 dias, dez cidadãos de nacionalidades holandesa, belga, filipina e croata.
Dois dos mais espetaculares atos da pirataria moderna somali são atribuídos a Abdi Hassam, o primeiro dos quais ocorreu em setembro de 2008, com o cargueiro ucraniano "Faina", carregado de armamento, nomeadamente carros de assalto, sistemas de defesa antiaérea, lança-foguetes e munições.
Dois meses mais tarde foi a vez do petroleiro saudita "Sirius Star", com 330 metros de comprimento e transportando dois milhões de barris de petróleo, carga avaliada em 100 milhões de dólares.
O líder da pirataria manifestou há alguns dias na imprensa somali que queria dedicar-se à política.
Não é conhecido o motivo da sua viagem à Bélgica.