Um grupo de agentes da polícia realizou um protesto no aeroporto de Tom Jobim, no Rio de Janeiro, com a exibição de uma faixa em inglês em que se lê: "Polícias e bombeiros não são pagos. Qualquer pessoa que vier para o Rio não estará segura".
Corpo do artigo
A paralisação dos agentes da polícia surge por causa dos salários em atraso e da falta de condições de trabalho.
De acordo com uma carta divulgada pelos sindicatos, a Polícia Civil está "sem água, sem papel higiénico e sem tinta para a impressão de boletins de ocorrências nas esquadras". Condições que levam os sindicatos a ameaçarem com a realização de uma greve em pleno período dos Jogos Olímpicos, que arrancam a 5 de agosto.
746856851673841664
Na carta pública intitulada "Agonia da polícia civil", o Sindelpol (Sindicato dos Delegados do Rio de Janeiro) afirma que não há condições de trabalho na polícia e que decidiu pela greve como "forma de protesto pela absoluta impossibilidade de atender aos cidadãos e prosseguir com as investigações".
"Queremos a volta da integralidade dos salários; que o pagamento volte para o segundo dia útil; condições dignas nas delegacias; o fim da cota de combustível e que os terceirizados voltem a trabalhar", afirmou Fábio Neira, presidente da Coligação de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Colpol-RJ) .
As mensagens em inglês, de crítica à atual situação do país, têm sido espalhadas por várias cidades do país e partilhadas nas redes sociais. À saída do aeroporto há outra mensagem "Bem-vindos. Não temos hospitais".