A Bielorrússia, país aliado de Moscovo, anunciou, esta segunda-feira, uma nova força de defesa territorial, ao fim de quase um ano da invasão russa da Ucrânia, seu país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
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Falando durante uma reunião com autoridades de Minsk, o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse que o país precisa formar unidades paramilitares em cada cidade ou vila para servir como defesa territorial e complementar os 45 mil militares "em caso de agressão", usando armas "para proteger as suas famílias e casas", se necessário.
O ministro da Defesa, Viktor Khrenin, afirmou por sua vez que a Bielorrússia formará uma força de até 150 mil voluntários que receberão armas, mas manterão os seus empregos civis.
Segundo o governante, este efetivo formará uma reserva militar em tempos de paz e poderá atuar como força de combate em caso de guerra.
Alexander Lukashenko mantém laços políticos e militares estreitos com a Rússia, que usou o território bielorrusso para enviar tropas para a Ucrânia há quase um ano, no início do que o Kremlin chamou de "operação militar especial".
A Rússia também manteve cerca de 10 mil soldados na Bielorrússia e os dois países realizaram regularmente exercícios conjuntos como parte da sua aliança militar.
Embora elogiando a importância da cooperação de defesa com a Rússia e expressando apoio à invasão das forças de Moscovo, Lukashenko destacou que só enviará tropas bielorrussas para a Ucrânia se o seu país for atacado.
A Rússia apoia firmemente Lukashenko, que tem governado com mão de ferro por quase três décadas, ajudando-o a enfrentar meses de protestos em massa desencadeados pela sua reeleição em agosto de 2020 que a oposição e o ocidente denunciaram como fraudulenta.