Boris Johnson, primeiro-ministro de Inglaterra, venceu a moção de censura interna no Partido Conservador com 211 votos de apoio e, por isso, vai manter-se no cargo.
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Numa votação secreta realizada esta segunda-feira no edifício do Parlamento em Londres, 211 deputados (59%) dos conservadores responderam sim à questão: "Ainda tem confiança em Boris Johnson como líder?", enquanto 148 (41%) responderam que não.
Johnson precisava de 180 votos para ganhar a moção de censura.
Boris Johnson foi sujeito, esta segunda-feira à tarde, a uma moção de censura no Partido Conservador, após dezenas de deputados terem manifestado descontentamento com o primeiro-ministro britânico. Na origem das críticas estão as recentes revelações sobre as festas em Downing Street realizadas durante a pandemia covid-19.
Durante a tarde, Boris tinha referido que a moção de censura seria uma "oportunidade" para "pôr um ponto final" nas críticas internas e "seguir em frente".
A votação teve lugar na Câmara dos Comuns entre as 18 horas e 20 horas. As regras ditam que, se uma moção de censura fracassar, o líder do Partido fica imune a nova tentativa durante um ano.
Johnson reivindica resultado "convincente" contra moção de censura
O primeiro-ministro britânico considerou um "resultado convincente e decisivo" o voto de confiança hoje de 59% do grupo parlamentar do Partido Conservador, desvalorizando os 41% de votos contra.
"O que significa como Governo é que podemos seguir em frente focando naquilo que realmente interessa às pessoas", afirmou numa entrevista transmitida pela estação "Sky News".
Questionado sobre como o resultado se compara com moções de censura anteriores a primeiros-ministros conservadores, minimizou o facto de ter recebido mais votos contra do que a antecessora Theresa May em 2018.
"O que precisamos agora é de nos unir como país e como partido" vincou, atribuindo a polémica atual à cobertura mediática e rejeitando planos para eleições legislativas antecipadas.