Brasil, Índia e África do Sul não assinam declaração final de Cimeira de Paz
Documento que resulta do encontro de dois dias na Suíça, apoiado por mais de 80 países, insiste na manutenção da soberania e integridade territorial da Ucrânia.
Corpo do artigo
Ao contrário de mais de 80 países, potências regionais como Brasil, Índia, África do Sul e Arábia Saudita não estenderam o seu apoio à declaração que resultou da Cimeira para a Paz na Ucrânia, que se realizou este fim de semana num resort em Bürgenstock, na Suíça, e que insiste na manutenção da integridade territorial do país invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022. A fechar o encontro, que não contou com a participação de Moscovo e Pequim, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou “os primeiros passos em direção à paz” e reconheceu que nem todos os participantes – mais de 90 países e organizações – se alinharam com os propósitos traçados na reunião magna em que também Portugal esteve representado ao mais alto nível.
A declaração que resulta da cimeira reafirma “os princípios da soberania, da independência e da integridade territorial de todos os Estados, incluindo a Ucrânia”. O texto, que pede que “todas as partes” do conflito estejam envolvidas no sentido de se alcançar a paz, foi subscrito por 84 países, incluindo os da União Europeia, Estados Unidos e Japão. Entre os que não subscreveram estão Brasil - que marcou presença com estatuto apenas de “observador” –, Índia e África do Sul – que integram o BRICS a par com as ausentes Rússia e China –, mas também Arménia, Bahrein, Indonésia, Líbia, Arábia Saudita, Tailândia, Emirados Árabes Unidos e México.