Anders Behring Breivik, que admitiu ser o autor dos atentados de sexta-feira na Noruega, é aparentemente um sociopata que terá concebido sozinho os ataques durante mais de uma década.
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"É um caso único. É uma pessoa única. É totalmente perverso", afirmou a directora da polícia norueguesa, Janne Kristiansen, em entrevista à agência norte-americana Associated Press (AP).
Breivik, 32 anos, afirmou que agiu para salvar a Europa do multiculturalismo, adiantando na mesma altura que a sua organização tinha duas células na Noruega e várias no resto do mundo ocidental.
Mas, segundo a responsável dos serviços de segurança noruegueses, as autoridades ainda não descobriram sinais - antes ou depois dos ataques - de uma eventual conspiração em grande escala.
Kristiansen realçou, no entanto, que ainda é cedo para descartar esta hipótese. "Com base nas informações recolhidas até ao momento, e sublinho até ao momento, não temos qualquer indicação de que ele faça parte de uma rede ou que tenha cúmplices, ou mesmo que existam outras células".
A directora da polícia norueguesa indicou ainda que Breivik aparentemente não partilhou os seus planos e viveu uma vida normal antes de realizar os ataques com "total precisão".
Anders Behring Breivik, 32 anos, reconheceu em tribunal a autoria dos dois atentados que tiveram como alvo a sede do governo norueguês, no centro de Oslo, e um acampamento de jovens do Partido Trabalhista norueguês, realizado na ilha de Utoya, perto da capital norueguesa. Os ataques fizeram um total de 76 mortos.