As buscas de desaparecidos no naufrágio do paquete "Costa Concordia" ao largo da Toscânia, Itália, foram retomadas, esta segunda-feira à tarde, graças a uma melhoria das condições do mar, que horas antes tinham obrigado à retirada dos mergulhadores.
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Segundo um porta-voz dos bombeiros, Luca Cari, as condições meteorológicas melhoraram e o navio, que se encontra parcialmente submerso e virado e que de manhã chegou a sofrer uma deslocação de cerca de nove centímetros, estabilizou.
O porta-voz indicou, contudo, que continua a haver um risco de o navio se mover e afundar completamente.
Quinze pessoas - norte-americanos, franceses, alemães e italianos - estão desaparecidas desde o naufrágio, na sexta-feira à noite, ao lago da Toscânia. Pelo menos seis pessoas morreram no acidente.
O "Costa Concordia" desviou-se da rota planeada e embateu em rochas, o que provocou um rombo no casco e o fez tombar, com cerca de 4.200 pessoas a bordo.
Segundo o presidente da empresa proprietária do navio, a Costa Crociere, o acidente deveu-se a um "erro humano" do capitão, Francesco Schettino, detido sábado pelas autoridades.
"A rota foi estabelecida correctamente. O facto de (o navio) se ter afastado da rota deve-se exclusivamente a uma manobra do comandante que não foi aprovada, autorizada ou comunicada à empresa, disse Pier Luigi Foschi.
Rodolfo Raiteri, chefe das equipas de mergulhadores, descreveu as condições das buscas como "desastrosas" e muito arriscadas, porque os corredores do navio estão atravancados com objectos.