Os principais candidatos republicanos que negam ou questionam os resultados das eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos admitiram as derrotas nas intercalares, nas quais mais de 165 negacionistas conquistaram cargos estaduais e federais.
Corpo do artigo
De acordo com as projeções do jornal "The Washington Post", dos 291 candidatos negacionistas que estavam a concorrer às eleições de terça-feira, 165 venceram, incluindo o governador da Florida, Ron De Santis, o senador pelo Kentucky, Rand Paul, e o congressista por Indiana para a Câmara dos Representantes, Greg Pence (irmão do ex-vice-presidente norte-americano Mike Pence).
Na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, até hoje, pelo menos 143 candidatos republicanos negacionistas haviam vencido nos seus distritos eleitorais, segundo as projeções.
Todavia, entre os negacionistas que admitiram as suas derrotas, o mais impressionante terá sido talvez Mehmet Oz, que aceitou o fracasso num telefonema com o seu adversário democrata, John Fetterman, na disputa por um assento pela Pensilvânia no Senado, de acordo com a campanha do progressista, citada pelo "The Washington Post".
Já em Michigan, o candidato republicano a governador, Tudor Dixon, esperou até hoje para aceitar a sua derrota, apesar de, na noite de terça-feira, as projeções já darem a democrata Gretchen Whitmer como vencedora.
Também no mesmo estado, outra das figuras mais proeminentes do movimento negacionista, o candidato republicano a procurador-geral estadual, Matthew Deperno, reconheceu no Twitter a sua derrota contra a democrata Dana Nessel.
"Embora admita hoje [a minha derrota] para Dana Nessel, recuso-me a admitir que Michigan é um estado azul", escreveu Deperno, em referência à cor do partido democrata.