<p>O ex-presidente do Quirguistão, Askar Akaiev, deposto em 2005, juntou-se ao coro dos que acusam a família de ex-presidente Kurmanbek Bakiev dos confrontos no Sul do país.</p>
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“Eu não tenho dúvidas de que os irmãos Bakiev foram uma da forças que tentou, através dos sangrentos conflitos entre etnias, destabilizar o Quirguistão, e impossibilitar o referendo sobre a Constituição”, afirmou Akaiev aos jornalistas.
Por seu lado, Felix Kulov, ex-primeiro-ministro e politicamente próximo do actual Governo provisório, diz-se “cem por cento certo” de que “o que se passou foi organizado por Djanach Bakiev, irmão do ex-presidente Kurmanbek Bakiev”, a confirmá-lo estaria o facto de que “o conflito se expandiu rapidamente a provar que o bando atacava uzbeques e quirguizes”.
Ambos os políticos apontam o dedo à Rússia por não ter acolhido o pedido do Governo provisório de enviar uma força de paz, e estão convencidos de que uma reacção rápida teria permitido salvar vidas.
A situação parece agora acalmar-se, mas são necessários meios para acudir a 200 mil refugiados, diz Kulov, que teme ainda que possam haver explosões de violência.
De acordo com os dados do Comité Internacional da Cruz Vermelha, os que se refugiaram na província de Andidjan, Uzbequistão, são já 100 mil, na maioria crianças, mulheres e idosos.
A ajuda humanitária começa a chegar também a Och, mas há casos de desvio. Nomeadamente foi acusado o presidente do parlamento municipal de “ter distribuído aos seus colaborares” o que era destinado às vítimas.