O Supremo Tribunal da Venezuela confirmou esta quarta-feira que Chávez não precisa de tomar posse hoje porque é um presidente "reeleito". A Oposição diz que se trata de uma "grave violação da ordem constitucional".
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Numa comunicação ao país, a presidente do Supremo Tribunal explicou que "não existe interrupção no exercício do cargo". Luisa Estella Morales afirmou que seria "absurdo" considerar que o tratamento de Hugo Chávez, 58 anos, em Cuba é uma "ausência não autorizada".
Recorde-se que o presidente venezuelano está hospitalizado em Havana, em estado grave, depois de uma quarta cirurgia a um tumor maligno na zona pélvica.
Os sete juízes invocam o artigo 231 da Constituição (ler caixa) para justificar a sua decisão e autorizar o adiamento da tomada de posse, prevista para hoje.
Mesmo com Chávez ausente, as autoridades venezuelanas prepararam para hoje uma cerimónia de aclamação que contará com a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales, e do Uruguai, José Mujica, e do vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Míguel Díaz Canel.
Antes do Supremo Tribunal, já a Audiência Nacional tinha anunciado o adiamento da tomada de posse.
Os partidos da Oposição não se conformam e prometem levar o caso até às últimas consequências. Os opositores exigem que o tribunal envie uma junta médica a Havana para verificar se a ausência de Chávez é temporária ou absoluta. Na terça-feira, a Mesa da Unidade Democrática enviou ao secretário--geral da Organização dos Estados Americanos uma carta a alertar para a situação.