A China afirmou, esta quarta-feira, que a sua posição sobre a guerra na Ucrânia é "objetiva e imparcial", após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter pedido a Pequim e Washington que pressionem Moscovo a aceitar um cessar-fogo.
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"O nosso país sempre foi aberto e transparente relativamente à crise ucraniana", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa.
Segundo o diplomata, desde o início do conflito, "a China manteve uma posição objetiva e imparcial, insistindo em promover a paz e o diálogo". "Todas as partes envolvidas têm consciência disso", acrescentou.
Na terça-feira, Zelensky apelou em particular à China e aos Estados Unidos para que exerçam a sua influência sobre Moscovo com vista a forçar um cessar-fogo que ponha fim à guerra, que já dura há três anos e meio, perante a incapacidade da ONU em condicionar o rumo do conflito.
Durante uma sessão do Conselho de Segurança dedicada ao tema, o chefe de Estado ucraniano afirmou que "a Rússia depende por completo da China".
"Se a China realmente quisesse parar esta guerra, poderia obrigar Moscovo a acabar com a invasão, porque sem a China a Rússia de Putin não é nada. Porém, com demasiada frequência, a China mantém-se distante e em silêncio, em vez de procurar a paz", acusou.
Desde o início da guerra, Pequim tem mantido uma posição ambígua, apelando ao respeito pela integridade territorial de todos os países, incluindo a Ucrânia, mas também à compreensão das "legítimas preocupações de segurança" de todas as partes, numa referência à Rússia, com quem reforçou os laços nos últimos anos.