Dois elementos da milenar seita chinesa Quannengshen (Deus Todo Poderoso, em chinês) foram, este sábado, condenados à morte pelo homicídio de uma mulher que se recusou dar-lhes o seu número de telefone.
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Outros três elementos do grupo religioso foram sentenciados a diferentes penas de prisão.
Os principais responsáveis do crime - Zhang Lidong e o seu filho Zhang Fan - foram condenados à pena capital, enquanto Zhang Hang e Zhang Qiaolian, da mesma família dos primeiros, sentenciados a penas de, respetivamente dez e sete anos de cadeia.
A Lu Yingchun, o Tribunal Popular Intermédio de Yantai, este da China, aplicou-lhe a pena de prisão perpétua.
Zhang Fan, Zhang Lidong e Lu Yingchun foram também condenados por violar a lei de atividades religiosas e privados dos seus direitos políticos para toda a vida, acrescenta a sentença judicial.
A 28 de maio desde ano, os cinco condenados e um outro filho de Zhang Lidong que não foi julgado no mesmo processo por ser menor de idade, espancaram até à morte uma mulher de apelido Wu que pretendiam recrutar para a sua seita, mas esta negou-se a dar-lhes o seu número de telefone para receber informações sobre a atividade do grupo.
O homicídio aconteceu num restaurante de uma cadeia de comida rápida em Zhaoyuan, na província oriental de Shandong e chocou a sociedade chinesa pelas imagens divulgadas na Internet e que foram gravadas por uma pessoa que estava no local.
A seita Quannengshen foi criada nos anos de 1990 e defende que Deus regressou à Terra encarnando uma mulher desconhecida nascida no norte da China "para salvar a humanidade pela terceira e última vez".