China impõe "contramedidas" perante aviões filipinos acusados de violar espaço aéreo
A China tomou "contramedidas" em relação a dois aviões militares filipinos acusados de terem entrado no espaço aéreo chinês sobre o Mar do Sul da China, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês.
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"A 22 de agosto, dois aviões militares filipinos entraram no espaço aéreo perto das ilhas Nansha, incluindo Zhubi Jiao (recife de Subi), onde a China está estacionada", indicou o MNE, em comunicado, informando terem sido tomadas "contramedidas necessárias em conformidade com a lei, a fim de proteger a sua soberania e segurança".
Não foi detalhado qual o tipo de medidas tomadas pela China, mas a tutela da diplomacia de Pequim usou a descrição de "profissionais, moderadas e calibradas".
A China continuará "a proteger firmemente a sua soberania territorial e os seus direitos marítimos, e opor-se-á firmemente a qualquer ação que os viole", acrescentou a mesma fonte.
Pequim reclama uma grande faixa de ilhas e recifes no Mar do Sul da China, incluindo águas e ilhas perto das costas de vários países vizinhos, e ignorou uma decisão de 2016 de um tribunal internacional que rejeitou a reivindicação por falta de mérito legal.
As tensões entre Pequim e Manila intensificaram-se nos últimos meses e têm sido marcadas por uma série de confrontos no Mar do Sul da China.
O mais recente ocorreu na segunda-feira, quando navios com bandeiras chinesas e filipinas colidiram perto do disputado atol de Sabina, situado 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a cerca de 1200 quilómetros da ilha de Hainan, o território chinês mais próximo.