Mãe do menor que fugiu em Aveiro já tinha sido investigada por maus-tratos
Ministério Público de Águeda arquivou denúncia em maio. Testemunho de vizinha da família falava em agressões diárias.
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O Ministério Público (MP) de Águeda arquivou, em maio deste ano, uma denúncia de maus-tratos infligidos ao rapaz, de 12 anos, que na segunda-feira fugiu de casa, em Nariz, Aveiro (para onde foi viver este mês), após, alegadamente, ter sido agredido pela mãe. A procuradora de Águeda sustentou a decisão em informações da escola e do centro de saúde frequentados pela criança, que nada apontavam de suspeito à família. Os eventuais maus-tratos ao menor voltarão a ser investigados pelo MP que, no imediato, terá de decidir o futuro do rapaz, depois de este ter sido, esta semana, encontrado descalço após andar 12 km a pé. Enquanto tal não acontecer, a criança permanecerá internada no hospital, apesar de não ter problemas físicos que o justifiquem.
Em outubro do ano passado, uma mulher denunciou que o menino era agredido diariamente pela mãe e pelo padrasto. Com base no relato de uma vizinha da família, acrescentou que a criança também era obrigada, sob ameaça de violência, a cuidar dos dois irmãos menores.