China manifesta "preocupação" e Rússia espera que troca de tiros não provoque aumento de tensão
<p>O Mundo começa a reagir com preocupação à troca de tiros entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul. Há pelo menos um morto a registar e é grande a apreensão, também, com o programa nuclear de Pyongyang.</p>
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"A Rússia prestou atenção a essa informação, mas ela deve ser precisada. O importante é que não conduza à agudização da situação na Península da Coreia", afirmou uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, citada pelas agências russas.
Moscovo acompanha este conflito com atenção, pois tem fronteiras com a Coreia do Norte e é um dos mediadores no processo de conversações sobre o programa nuclear desse país.
China exorta Coreias a empenharem-se na paz
A China manifestou-se preocupada e exortou os dois países a empenharam-se na manutenção da paz e estabilidade na península coreana. "Tomámos nota dos pertinentes relatos e manifestamos preocupação pela situação", disse um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
"Esperamos que as duas partes contribuam mais para a paz e estabilidade na península coreana", acrescentou.
O porta-voz do ministêrio chinês dos Negócios Estrangeiros indicou que a China estava a recolher informações acerca do incidente, afirmando que a "situação necessita de ser confirmada".
Programa nuclear norte-coreano exige conversações a seis
Quanto às últimas revelações sobre o programa nuclear norte-coreano, o porta-voz considerou "imperativo" recomeçar as "conversações a seis", envolvendo as duas Coreias, China, Japão, Estados Unidos e Russia.
"O que é imperativo é recomeçar as 'conversações a seis' tão depressa quanto possível", disse.
Um cientista norte-americano que visitou recentemente a Coreia do Norte, Siegfred Hecker, revelou no fim de semana ter visto naquele país uma nova fábrica para enriquecimento de urânio com "centenas e centenas de centrifugadoras" instaladas.
A Coreia do Norte abandonou as 'conversações a seis' em Abril de 2009, em sinal de protesto contra uma resolução do Conselho de Segurança da ONU condenando o seu programa nuclear.