
"O Sudão atravessa uma das piores crises humanitárias do Mundo", diz Eva Hrncirova
Foto: AFP
A Comissão Europeia denunciou esta sexta-feira que a cidade sudanesa de Al-Fashir está transformada "num cemitério da humanidade", após ter sido ocupada pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
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"Posso mesmo dizer que Al-Fashir se converteu num cemitério da humanidade", referiu a porta-voz do executivo comunitário para a pasta da Preparação na conferência de imprensa diária, acrescentando ainda que os trabalhadores de ajuda humanitária estão sem poder entrar na cidade.
"O Sudão atravessa uma das piores crises humanitárias do Mundo, os hospitais são bombardeados, os civis são perseguidos e a ajuda está bloqueada", referiu também Eva Hrncirova.
Reiterando que a fome não pode ser usada como arma de guerra, a Comissão quer que as partes retomem as negociações e cheguem a um cessar-fogo.
A porta-voz pediu também um acesso "imediato, seguro e sem obstáculos" para a ajuda humanitária.
De acordo com relatos da agência de notícias France-Presse (AFP) foram esta sexta-feira ouvidas explosões perto de Cartum, controlada pelo exército, um dia após os paramilitares terem concordado com uma trégua humanitária.
Após terem capturado a cidade de Al-Fashir, no oeste do Sudão, a 26 de outubro, os paramilitares das FAR parecem estar a dirigir a ofensiva para a região de Kordofan (centro) e para a capital.
